quarta-feira, 25 de março de 2015

Pela primeira vez uma Mulher comanda Helicóptero de Ataque da FAB

Repost da FAB, de 08/03/2015 às 07:39h, por Esquadrão Poti.

A Tenente Aviadora Vitória Bernal Cavalcanti entrou para a história da aviação brasileira ao se tornar a primeira mulher do País a alçar voo no comando de um helicóptero de ataque. Na última sexta-feira (06/03), ela realizou a sua primeira instrução no cockpit da aeronave AH-2 Sabre, com sede na Base Aérea de Porto Velho.

“É uma grande honra e responsabilidade ser a primeira mulher a pilotar um helicóptero de ataque da Força Aérea Brasileira. Espero que isso sirva de inspiração para todas as mulheres, mostrando que, por meio do esforço e da dedicação, nós podemos alcançar qualquer objetivo”, ressaltou.

Formada pela Academia da Força Aérea (AFA) em 2013, a
Tenente Vitória, hoje aos 23 anos, é natural de São Paulo (SP). Ela é a primeira aviadora do Esquadrão Poti, equipado com os helicópteros de ataque AH-2. A aeronave, armada com um canhão de 23mm e capaz de lançar mísseis e foguetes, é blindada e pesa 12 toneladas.

"Ainda terei muitos estudos e treinamentos pela frente para cumprir todas as ações da FAB atribuídas ao Esquadrão Poti, que são defesa aérea, ataque, escolta, supressão de defesa aérea inimiga, varredura e apoio aéreo aproximado”, destacou.

Após voar aviões T-25 e T-27 na AFA, a Tenente Vitória passou um ano em Natal (RN), no comando de helicópteros H-50 Esquilo. Transferida em 2015 para Porto Velho, seu primeiro desafio foi o curso teórico da aeronave AH-2 Sabre. Agora, ela treina para atuar como POSA (Piloto Operador de Sistemas de Armas), responsável por acionar o armamento do AH-2.


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Parabéns mulheres aviadoras, seja da aviação civil ou militar. Em especial, pra Ten.Vitória Bernal Cavalcanti pela grande conquista!

> Cmte. Resende

Helidesign

Respost da Helibras, de 23 de março de 2015 às 18h15.

A Helibras promoveu, no mês de março, a edição experimental do evento Helidesign. Destinada somente a helicópteros, a competição foi organizada por funcionários voluntários da empresa, com o objetivo de atrair atenção de estudantes de graduação para os aspectos práticos de projeto de aeronaves.

No regulamento do Helidesign, foi determinado que os alunos deveriam desenvolver quatro opcionais no helicóptero radiocontrolado: 

- Gancho, 
- Bambi-Bucket, 
- Guincho e
- Flutuadores. 


Na primeira fase, os alunos apresentaram o projeto de instalação aos funcionários da Helibras que, posteriormente, julgaram o desempenho do helicóptero em um ensaio de validação, ocorrido na segunda fase.

Participou da edição inaugural e de teste do evento a equipe Red Hawk, da Universidade Federal de Itajubá - UNIFEI.

“Além de premiar os jovens por seus talentos e conhecimentos empregados nos aeromodelos, o evento reforça a parceria da Helibras com o meio acadêmico e mostra que é possível indústria e universidade trabalharem em conjunto para a formação de profissionais mais integrados e aptos ao mercado de trabalho”, diz Vitor Coutinho, diretor de Inovação da empresa e um dos idealizadores do projeto.

Os alunos eram desafiados a operar os helicópteros e cumprir diferentes missões usando cada um dos equipamentos integrados. Jurados técnicos avaliaram a performance dos modelos e marcaram pontos positivos ou negativos, conforme acertos ou faltas cometidos, sendo a equipe Red Hawk premiada ao final da competição.



terça-feira, 24 de março de 2015

FAA - Álcool e Voo



A FAA (Administração Federal de Aviação) é uma entidade governamental responsável pelos regulamentos e todos os aspectos da aviação civil nos Estados Unidos. Em seu website é possível encontrar diversos conteúdos relativos à Segurança de Voo, inclusive manuais de estudo relativos à aviação civil.

Recentemente a Vertical Helicópteros, com a participação de seus alunos, traduziram um boletim abordando um assunto muito importante: Álcool e Voo (download).

Aconselho os comandantes da aviação, alunos ou entusiastas, civil ou militar, a lerem o conteúdo para a conscientização de um voo responsável e seguro.

Para saber mais sobre os Boletins de Segurança de Voo, acesse o meu post anterior abordando o assunto, basta clicar aqui.


Boa leitura e bons voos!

> Cmte.Resende

quarta-feira, 4 de março de 2015

A Diferença entre Voar no Brasil e nos EUA


Você já sentiu vergonha alheia? Então leia…

Temos uma reflexão para você: imagine-se por um instante sendo um oficial graduado da Força Aérea Brasileira.

Depois de décadas de dedicação à Força Aérea, cruzando o país de norte à sul, sujeito as circunstâncias da vida militar; mudando de um lugar para o outro com sua família; sabendo que sua escolha o retirou do mercado de trabalho civil (onde poderia estar ganhando mais dinheiro), e foi submetido a uma longa série de disputas com companheiros de Força, que hoje o colocaram, pelos seus méritos, numa posição de decisão na hierarquia na qual entrou há 20 ou 30 anos.

Responsáveis pela organização do espaço aéreo brasileiro, francamente, devem ter sentido muito mal estar ao assistir esse vídeo: 



Quando aviadores brasileiros assistem esse vídeo, os mais variados sentimentos são inspirados.

A primeira coisa que se sente é raiva. Raiva por tentar compreender o porquê do nosso país ter parado no tempo. Escutar Richard Collins demonstrando pessoalmente o funcionamento do sistema de alocação de slots para aeroportos congestionados nos Estados Unidos, ou pior, funcionando de uma maneira óbvia (baseado em sistemas eletrônicos simples), gera uma raiva quase incontrolável àqueles que como nós, pilotos e proprietários de aeronaves da aviação geral perdem tempo em Salas AIS e telefone, por todo país, preenchendo planos e notificações de voo que não servem para nada (além de alimentar um sistema burocrático inútil). Ainda se tratando dos slots, temos ainda àqueles que se aproveitam das falhas nos processos de alocação de slots para tentar ganhar dinheiro com isso. Quem usa o sistema sabe muito bem das dificuldades.

O segundo sentimento é de frustração. Quem foi responsável por esse atraso injustificável a que a nossa aviação está submetida? Quem foram as autoridades que, ao longo desses anos, traíram seus companheiros de asa, criando e alimentando um sistema estúpido de serviços de controle de tráfego aéreo que é: caro, ineficiente e inseguro? Por que diabos nascemos e voamos num país que não conseguiu organizar seu espaço aéreo de maneira a prestar serviços dignos aos contribuintes que pagam fortunas para receber maus serviços em troca? Os traidores violaram, com estupidez, a falta de vontade, cultura de desperdício, e ainda aquilo que alimenta a aviação: a camaradagem e a vontade que todos têm de simplesmente, colocar aeronaves para voar em segurança, de maneira amistosa, tranquila e agradável, com as coisas simplesmente tem que ser.

O terceiro sentimento é de vergonha. Imagine-se na pele de aviador argentino, uruguaio, paraguaio, norte-americano, alemão, tentando voar por aqui... Preencher papéis irrelevantes, tentar falar com salas AIS entupidas de gente, papelada e procedimentos inúteis. Escutar instruções, muitas vezes contraditórias, dependendo com quem está falando. Não importa se num controle de área, num centro de controle, numa torre ou numa sala AIS. Imaginar (e lembrar) quantas vezes controladores de voo perguntam aos pilotos todas as informações que foram colocadas nos tais planos obrigatórios, mesmo aqueles realizados sob VFR em espaço aéreo GOLF!

Raiva, frustração e vergonha; é o que devem sentir os oficiais da Força Aérea Brasileira que estão agora na reserva (ou na ativa). Poderiam ter influenciado (ou estar trabalhando verdadeiramente) para mudar totalmente o nível de prestação de serviços que é prestado aos usuários contribuintes. Esses três sentimentos também deveriam surgir na consciência dos civis que trabalham na ANAC ou na SAC, que tem plena condição de tomar medidas óbvias, que voltem a dar decência aos serviços públicos que são prestados aos brasileiros.

Qualquer um com consciência (e mínima noção) do que significa acordar cedo para trabalhar e entregar um trabalho bem feito à quem paga seus proventos, sentiria isso ao assistir esse (e muitas outras dezenas) de vídeos públicos na Internet, que mostram ser perfeitamente possível voar em segurança, em espaços aéreos congestionados (muito mais do que o brasileiro), sem toda essa burocracia, sem taxas exorbitantes (o que não se traduz em segurança), e recebendo serviços decentes que, acima de tudo, passam a impressão de que somos todos bem-vindos em seus espaços aéreos.

No final das contas é essa a conclusão que se pode tirar: quem responde pela aviação brasileira não pode estar vendo usuários com bons olhos. Desconectaram-se do compromisso de atender as necessidades de quem banca o sistema, com impostos absurdos e taxas ridículas, oferecendo serviços minimamente razoáveis. Uma vergonha!

Fonte: APPA

terça-feira, 3 de março de 2015

Previsões da Honeywell sobre a demanda Global de Helicópteros


Foto: Kamov KA-62, Bell 429, Airbus H160, Agusta AW169

No seu 17° Anuário de “Compras de Helicóptero Civil movidos à Turbina”, a Honeywell espera que de 4.750 a 5.250 helicópteros de uso civil serão entregues durante 2015-2019.

No geral, a demanda de cinco anos para helicópteros civis de turbina mantém-se estável em relação à previsão de cinco anos de 2014, com melhora moderada em novos planos relatados em compra de helicóptero, compensando a incerteza de curto prazo dos grandes operadores de frota em face à menor energia de preços e flutuação das moedas dos mercados emergentes.

A previsão estima que a demanda de cinco anos dos EUA e Canadá seja de 34%, um aumento de quase oito pontos no planos de compra da América do Norte. Quando combinado com a América Latina, o Hemisfério Ocidental representa 53% da demanda global em cinco anos, e a Europa registra 24%, com a região da Ásia-Oceania respondendo por 14%, e da África e no Oriente Médio contribuindo com 9%.



Os operadores que pretendem adquirir um helicóptero dentro dos próximos cinco anos, observaram que a idade de suas aeronaves atuais (que inclui fatores como custos de manutenção, erosão desempenho e segurança), ciclos de reposição e o vencimento de garantia são os principais motivos para a suas decisões. Para os entrevistados, as opções de marca e modelos para as suas novas aeronaves são fortemente influenciadas pelo alcance, tamanho da cabine, atualizações tecnológicas de desempenho e experiência da marca.

"A demanda de curto prazo parece estável, apesar da retração de entregas em 2014 e as preocupações contínuas com o setor de energia", disse Mike Madsen, presidente, Defesa e Espaço da Honeywell Aerospace. "Interesses de compra para helicópteros de categorias de treinamento (formação), de turismo, de combate a incêndios e de cumprimento da lei (policial) está tendendo a subir, influenciado pelo aumento das taxas de utilização e os ciclos de substituição de helicópteros. O interesse em todos estes setores de missões estão ajudando a sustentar a demanda de curto prazo. Olhando para o futuro, várias novas plataformas estão programadas para entrar em operação ao longo dos próximos anos, também para reforçar a demanda global de helicópteros".

Fonte: Honeywell