quinta-feira, 26 de novembro de 2015

AIP Brasil e ROTAER - Novembro/2015

Já estão disponíveis para download, no site da AISweb, as atualizações da AIP Brasil e do ROTAER, versão Nov/2015. Na AIP ''PARTE 2 - EM ROTA (ENR)'' é possível consultar os novos Espaços Aéreos Restritos da AIP N 17/15 e provavelmente de outras AIPs e etc.
 
 
Fica a dica!
 
Cmte. Resende

quarta-feira, 18 de novembro de 2015

O Novo R44 Cadet

A Robinson Helicopters acrescentou mais um modelo de helicóptero em seus produtos, o R44 Cadet. Com data prevista de estreia para o primeiro trimestre de 2016, o novo modelo tem como objetivo o setor de treinamentos.
 
O R44 Cadet mantém a mesma estrutura básica, sistema de rotor e o mesmo motor Lycoming O-540-F1B5 do R44 Raven I. No entanto, os assentos traseiros foram removidos e reconfigurados para carga! O peso bruto máximo é de 2200 libras (996 kg), o que daria 200 lb (99kg) a menos que o Raven I. A potência do motor foi reduzida para 210 HP de decolagem / 185 HP máximo contínuo (abaixo dos 225/205 HP do Raven I). O menor peso e potência proporcionará maiores margens de performance em altas altitudes. Além disso, com um silenciador recém-projetado, o ruído do Cadet será três decibéis a menos que o atual R44 Raven I.

Uma variedade de equipamentos opcionais estarão disponíveis, incluindo:
 
. Ar condicionado,
. Piloto automático,
. Pacotes de aviônicos otimizados para VFR ou treinamento IFR.
 
A Certificação da FAA está bem avançada e com testes de voo finais esperados antes do final do ano. O preço base para o Cadet será menor do que o R44 Raven I e será anunciado antes da Heli-Expo 2016.

 
 
 
Especificações


Motor  Lycoming
O-540-F1B5, 260 HP (Reduzido para 210 HP Decolagem / 185 HP máximo contínuo)
 
Assentos - Capacidade
2
 
Peso Máx.Bruto
996kg (2200 lb)
 
Peso Vazio aprox.
650 kg (1432 lb)
 
Combustível - Capacidade
126 kg usáveis / 279 lb / 46.5 US gallons
 
Combustível - Total
268 kg (489 lb)
 
Velocidade de Cruzeiro
 até 110 KT (204 km/h)

Máx.Alcance (s/ reserva)
aprox. 300 nm (556 km)
 
Teto no Pairado IGE @ Máx.Peso (padrão)
8750 FT (2667 m)
 
Teto no Pairado OGE @ Máx.Peso (padrão)
5250 FT (1600 m)
 
Razão de Subida
> 1000 FT/min
 
Teto Máx.Operacional
14000 FT (4267 m)

 
 

sexta-feira, 23 de outubro de 2015

Novas AICs e Cartas VFR nas TMAs de SP e RJ

Um bom piloto quando não está voando está com os pés no chão sempre fazendo algo. Seja um planejamento de voo, consultando as condições meteorológicas, auxiliando no controle técnico de manutenção, participando de palestras de segurança operacional de voo, revisando o manual da aeronave regularmente, fazendo cursos de aperfeiçoamento, revalidando seu certificado médico aeronáutico ou recheques de proficiência de voo, estudando os regulamentos que tangem a sua profissão e etc. Essa parece ser a única forma dele se manter uns passos a frente da aeronave, que é estar atualizado e ciente de tudo ao seu redor, tanto no presente momento como num futuro próximo. Enfim, tudo começa no solo com um objetivo único de retornar ao mesmo com segurança e com o sucesso de mais uma missão cumprida!

Neste post venho alertar sobre a parte de regulamentação, especificamente duas importantes AIC - Circular de Informação Aeronáutica que entrarão em vigor em 12/nov de 2015, assim como as novas Cartas REA / REH:



(Cartas e outros Anexos disponíveis para download no canto esquerdo do site da AISWEB, no link acima)

RMK: Em Breve disponibilizarei para Download as Cartas Aeronáuticas para Google Earth atualizadas conforme a nova AIC.




(Cartas e outros Anexos disponíveis para download no canto esquerdo do site da AISWEB, no link acima)


Esteja um passo a frente e pronto para voar dentro das novas regras quando as AICs entrarem em vigor.

Bons estudos contribuem para bons voos!

Cmte.Resende

quinta-feira, 20 de agosto de 2015

Sobre DIVOP, FCA, Alerta de Voo e RF

A todos interessados em assuntos de Prevenção de Acidentes e Segurança Operacional, abaixo segue dicas importantes sobre os documentos oficiais elaborados pelos órgãos subordinados ao COMAER - Comando da Aeronáutica e pela ANAC. 

DIVOP - Divulgação Operacional - é uma ferramenta elaborada pelo SIPAER com a finalidade de divulgar assuntos relacionados à prevenção de acidentes/incidentes aeronáuticos, assim como as ocorrências de solo (quando não há a intenção de voo). O objetivo é conscientizar os profissionais da aviação civil visando sempre a Segurança Operacional das aeronaves.

Tanto a leitura como o download do DIVOP pode ser realizado acessando o site do CENIPA.


FCA - Folheto do Comando da Aeronáutica - especificamente o documento número 58-1também é elaborado pelo CENIPA e trata do “Panorama Estatístico da Aviação Civil Brasileira”, onde anualmente é lançado um balanço estatístico, possibilitando assim, uma melhor compreensão e a tomada de medidas de prevenção nas áreas mais críticas onde ocorreram os acidentes. Aqui você pode conferir os últimos FCA 58-1, dos anos de 2014 e 2015.



ALERTA DE VOO, como diz o próprio site da ANAC: “é uma publicação com informações e recomendações de segurança para a Aviação Geral, produzida pela Gerência-Geral de Análise e Pesquisa da Segurança Operacional (GGAP)”. Um breve documento, mas com uma grande variedade de assuntos a serem consultados no site.



RF - Relatório Final - elaborado pelo CENIPA é uma ferramenta perfeita para aprimorar o seu conhecimento em Segurança Operacional. Esta parte final eu já abordei em um post anterior, para ler a respeito clique aqui.

 

A prevenção de acidentes aeronáuticos é responsabilidade de todos e deve haver uma colaboração geral de todos os profissionais, desde: pilotos, mecânicos, controladores de tráfego aéreo, escolas de aviação, fabricantes, fornecedores de combustível, empresas/empresários comprometidos com a devida manutenção das aeronaves e etc. Com a leitura periódica dos documentos recomendados acima, podemos melhorar significativamente a segurança de voo e disseminar conhecimento visando, também, a sobrevivência da aviação como um meio de transporte seguro, rentável e viável para a humanidade.

Bons voos,

Cmte.Resende

quinta-feira, 13 de agosto de 2015

Monte o seu Bell

Bell Helicopters - Uma companhia americana fundada em 10 de Julho de 1935 por Lawrence Dale Bell, em Buffalo, Nova York.  Sediada em Fort Worth, Texas, hoje é um dos principais fabricantes de helicópteros no mundo, tanto para o mercado civil e militar. 

Seus helicópteros são amplamente desejados tanto pelo design singular de suas aeronaves como pela tecnologia, conforto, custo-benefício e principalmente segurança! E não posso negar que meu sonho de infância por helicópteros foi despertado no clássico seriado dos anos 80: Águia de Fogo (Werewolf), cujo helicóptero utilizado foi o Bell 222, assim como outros modelos: Bell Huey e Bell JetRanger (primeiro helicóptero que voei). Ambos muito comuns nos filmes que eu assistia. 

Bom, certamente você conhece a força da marca. Então imagine você ou o seu patrão confiando a missão de escolher um helicóptero, inclusive a sua cor, o que você faria?

No site da Bell Helicoptersassim como em muitos sites de montadoras de automóveis, também é possível escolher o modelo do seu helicóptero, a cor da fuselagem, listras, opções de bancos e carpetes. Basta clicar em um dos links exemplificados na imagem abaixo:


Agora é só soltar a sua criatividade:


 




E depois quebrar o cofrinho para adquirir o seu! 

RMK: Interessados na compra de um Helicóptero Bell podem me solicitar contato de vendedor da fábrica no Brasil, via e-mail.


Bons voos!


> Cmte.Resende

domingo, 9 de agosto de 2015

Inglês Técnico Aeronáutico

Você, estudante ou profissional da aviação civil/militar, provavelmente já tentou ler algum livro em inglês na vida e sabe que a compreensão varia conforme a proficiência linguística que cada um possui no idioma: uns conseguem compreender bem; outros atropelam algumas palavras, mas conseguem compreender o contexto geral; e muitos outros não entendem nada ou levam uma surra em cada parágrafo tentando traduzir e logo desistem. Realmente, dominar uma língua diferente da nossa nativa requer muito estudo e leva-se tempo, mas com foco, determinação e constância - pra manter a evolução em busca da fluência - você certamente vencerá! Porém, livros que abordam assuntos de aviação costumam ter expressões e termos técnicos singulares, que mesmo para alguém com inglês avançado, se forem traduzidos ao pé da letra, muitas vezes o resultado será como trocar o grego por chinês, ou seja, não entenderá “nothing”. 

Por exemplo: Qual o termo técnico, em inglês, empregado para falar sobre a “Roda Livre”, um mecanismo encontrado nos helicópteros? 

Hummm seria “Free Wheel”? NÃO! 

O correto seria “Overrunning Clutch, Sprag Clutch ou Freewheeling Unit”, que se forem traduzidos ao pé da letra, ambos poderiam ficar respectivamente “acoplamento de avanço, embreagem sprag ou unidade de ciclismo livre”. Tudo a ver não é mesmo?

Roda Livre - É um componente, acoplado dentro da polia superior, que desconecta o motor do eixo de transmissão permitindo que o rotor continue girando mesmo se o motor perder potência, assim como a catraca de uma bicicleta permite que as rodas continuem girando ao parar de pedalar. Graças a este componente é possível praticar a famosa manobra de emergência, a autorrotação, onde os pilotos de helicóptero podem pousar a aeronave mesmo quando o motor sofre uma pane catastrófica em pleno voo, pois conseguirão manter a rotação das pás do rotor, para garantir um mínimo de sustentação necessária para efetuar um pouso imediato e seguro.

No mercado nacional existe uma variedade de livros especializados em aviação, disponíveis em nosso idioma, como:


Mas ainda assim estamos longe da variedade e da qualidade dos muitos livros de aviação que somente se encontram no exterior, a exemplo dos vendidos nas lojas Amazon e Amazon Brasil:

E como não há estes livros traduzidos no mercado nacional, a solução seria enfrentar a gringofobia e adquirir a versão original em inglês! Com isso observamos a enorme gama de conteúdo que alunos e profissionais, sem conhecimento da língua inglesa, estão perdendo a oportunidade de conhecer. Isso porque não estou abordando as diversas revistas digitais e sites internacionais sobre aviação. 

Bom, vejamos o quão limitados ficamos ao não ter pelo menos um inglês de nível intermediário para buscar aprimoramento em nossa profissão. Fora os manuais das aeronaves que são produzidos na língua inglesa, sendo raro encontrar manuais traduzidos (um agravante que afeta a segurança de voo do piloto desprovido de inglês).

Mas existe um oásis para os interessados em matar a sede por respostas. Além das escolas físicas e online de inglês, que ajudam muito, meus conselhos neste tópico serão para as pessoas que estão tentando ler manuais, livros de aviação ou tentando obter o ICAO 4, 5, 6 e estão apanhando na parte do inglês técnico aeronáutico. Com um pouco de pesquisa e paciência você encontrará algumas opções no mercado, mas vou deixar algumas dicas que acredito serem muito boas e suficientes pra dar conta do recado, como o aplicativo:



O glossário técnico disponibilizado pela ANAC, incluindo o espanhol:


E também existem escolas que preparam muito bem o piloto para esta parte, qualificando inclusive para ser aprovado na prova de proficiência linguística inglesa - ICAO - permitindo que o(a) comandante possa voar além das fronteiras e obter, também, um diferencial em seu currículo. A exemplo da excelente Cleared For Takeoff, que dispõe tanto de aulas presenciais como online, com um índice de 98% de aprovação!


Como complemento ao curso acima, também é possível encontrar livros de apoio no mercado nacional:


E para petisco, disponibilizo para download um arquivo em PDF, com várias expressões utilizadas em radiocomunicação aeronáutica.

Enfim, se você não estava conseguindo decolar devido às condições IMC ("Inglês Muito Complicado"), agora você tem bons instrumentos pra orientar sua proa no rumo do conhecimento.

Mãos nos comandos e decole!

> Cmte.Resende

sexta-feira, 7 de agosto de 2015

ABAG - Anuário de 2015

A ABAG - Associação Brasileira de Aviação Geral disponibilizou para download, o novo Anuário de 2015 abordando:

- a frota de Aviação Geral no Brasil e por regiões;

- a distribuição da frota de Aviação Geral por tipo de aeronave;

- a movimentação da Aviação Geral nos principais aeroportos do Brasil;

- a movimentação da Aviação Geral em 2014 nos 20 principais aeroportos do Brasil com maior número de operações.

Segundo os dados de 2014, o Brasil possui atualmente 15.120 aeronaves que totalizam 686 mil operações nos 33 principais aeroportos do país, sendo que deste montante 38% das operações foram realizadas com helicópteros. 

Quer saber mais? Faça o download do Anuário ou adquira a versão impressa gratuitamente na feira Labace 2015, o maior evento voltado para a aviação executiva da América Latina, que ocorrerá neste mês de Agosto nos dias 11, 12 e 13, no aeroporto de Congonhas, em São Paulo-SP.

Aviação Geral é toda a Aviação Civil não envolvida no transporte comercial de passageiros ou mercadoria. Inclui desde pequenos aviões à jatos executivos de propriedade particular, helicópteros, balonismo, voos de treinamento (para pilotos iniciantes), aviação agrícola, experimental, táxi aéreo, aerofotogrametria, transporte de cargas externas, desportiva (asa-delta, paraquedismo, planador, parapente, ultraleves, acrobacia aérea, aeromodelismo, corrida aérea) e etc.

terça-feira, 28 de julho de 2015

Rotores Travados

Segundo o site Economist e Estadão, "o rápido crescimento do mercado de helicóptero chegou ao fim, devido a queda no orçamento da Defesa em todo o mundo e ao crescimento no mercado de Drones. 

A boa notícia para as fabricantes de helicópteros é que o transporte de passageiros com aeronaves não tripuladas ainda é um futuro distante. Nem por isso é hora de relaxar".

Para conferir a matéria completa clique em um dos links acima.

quinta-feira, 23 de julho de 2015

JetSmarter permite Voos Ilimitados de Jatinhos com Preço Acessível

A aviação mundial tem demonstrando uma crescente gama de serviços para os passageiros em todo o mundo. Devido aos estresses com o transporte aéreo comercial convencional, muitas empresas surgiram no mercado propondo desde o compartilhamento de aeronaves (à exemplo da Avantto), incluindo a redução de custos e aumentando a agilidade no transporte privado; até empresas especializadas no fretamento de aeronaves, como a Global Aviation e a JetSmarter, sendo este último o foco deste post.

A JetSmarter é uma empresa de compartilhamento de aeronaves, fundada em 2013 e atualmente dispõe de 6 escritórios, nas cidades de: Fort Lauderdale-FL, New Yourk-NY, Zurich-SW (matriz), Moscow-RS, Dubai-UA, Riyadh-A.Saudita. Voando em mais de 170 países diferentes possui mais de 3000 modelos de aeronaves, de todos os fabricantes e modelos disponíveis para reservas através de seu App para celular.




O aplicativo se conecta com os passageiros e transportadoras aéreas privadas sem problemas. Os passageiros são capazes de pesquisar e reservar voos com facilidade através de uma interface simples. Os critérios de pesquisa inclui: aeroportos de partida e chegada, datas e horários, viagem de ida e/ou volta, viagem com várias etapas, a quantidade de passageiros e da marca, modelo e ano da aeronave. Ao selecionar o voo os usuários são capazes de ver uma foto do avião que escolheram, bem como seus registros de segurança e de voos. Dependendo do voo e o número de passageiros, fretar um avião privados pode ser comparável ou até menos caro do que o transporte aéreo comercial convencional.

Fretar um avião privado pode ser um aborrecimento, mesmo para os 1% que utilizam desse serviço. 

Tradicionalmente, reservar viagens privadas tem sido um processo confuso, com muitas formas e vai e vem de corretores.

Sergey Petrossov queria simplificar esse processo, então ele construiu a JetSmarter, um App que facilita para qualquer um reservar um jato particular em questão de segundos.

“Eu comecei a empresa for a de uma frustração com o processo”, disse Petrossov. “Eu ficava pensando comigo mesmo: Por que este serviço não foi introduzido no mundo digital?”.

A empresa oferece três produtos diferentes: JetDeals, que envolve a reserva de um voo privado na demanda (ida ou volta); JetShuttle, que permite você pegar um assento num voo privado previamente agendado; e JetCharter, que oferecesse um pacote de viagens privadas que podem ser customizadas totalmente por rota e tipo de aeronave.

Os membros da JetSmarter pagam $9.000 por ano - cerca de $800 por mês - para ter acesso ilimitado para os voos privados.

A JetSmarter irá atualmente levá-lo a voar para qualquer lugar do mundo, exceto zonas de guerras ou outros lugares considerados perigosos para a viagens aéreas.

Embora você não tenha que pagar a taxa de associação anual para obter acesso a qualquer um desses pacotes, os membros podem reservar voos JetDeals e JetShuttles gratuitamente no App, que está disponível para iOS e Android.

Os voos pelo JetCharter, por outro lado, podem custar milhares de dólares para se providenciar.

“As pessoas fazem voos privados para não terem que passar pelo aeroporto. Você podem apresentar-se 5min antes do voo, estacionar o carro bem próximo ao jato e depois é só pegar o voo”, disse Petrossov.


A JetSmarter ainda oferece gratuitamente um traslado de helicóptero do aeroporto para o seu destino final.


Muitos têm comparado o modelo JetSmarter’s com o serviço “Uber dos Ares” (em referência ao aplicativo Uber, um serviço de táxi por encomenda que permite que você solicite motoristas particulares através de um App instalado em celulares).

“Do ponto de vista da acessibilidade, você pode compará-lo em tempo real, com qualquer serviço em demanda”, disse Petrossov. “Há definitivamente uma relevância para o Uber em termos de como a tecnologia é rompedora”.

O objetivo a longo prazo, disse Petrossov, é eventualmente fazer toda a viagem aérea privada.

“Se formos capazes de cobrar preços atrativos, nós achamos que podemos levar as pessoas a se afastarem da experiência cruel da linha aérea comercial”, disse ele.

De acordo com Petrossov, 1.6 milhões de horas de voo, por ano, são feitas sobre o que a indústria diz ser “pernas vazias”, significando que eles estão vagos enquanto pegam alguém no percurso da rota.

A JetSmarter adquiriu em torno de 35.000 horas de reservas nesses voos antes do tempo, fazendo-os então exclusivamente disponíveis para as pessoas em seu App.

“Nós trouxemos um grupo completamente novo de usuários que nunca dispuseram de voos privados antes”, disse Petrossov. “Nós temos visto um jovem estudante, por exemplo, comprar uma associação para viajar para a faculdade e dividir o custo em dois cartões de crédito”.

A JetSmarter anunciou nessa quinta-feira (23-07-15) que fechou um pacote de $20 milhões na Série B. Contribuindo investidores que incluem a Família Real Saudita, vários magnatas anônimos do entretenimento e “indivíduos de alta renda”, assim como executivos da Goldman Sachs e Twitter.

Petrossov informou que o rapper Jay Z também contribuiu no pacote.

“O que foi único sobre esse aumento de recursos financeiros é que nós não temos que sair e buscar investidores externos”, disse Petrossov. “Nossos investidores já eram usuários”.

Petrossov disse que a nova infusão de dinheiro irá para a expansão de suas rotas e compra de voos adicionais das transportadoras. A empresa também quer melhorar seu App e expandir as operações do seu escritório na Ásia e América do Sul.

RMK: Matéria traduzida e adaptada através do site Business Insider.

sábado, 18 de julho de 2015

Helideck Compensador de Movimento

Segundo definição da ANAC, helideck é um heliponto situado em uma estrutura sobre a água, fixa ou flutuante e também chamado de heliponto offshore. Eles são muito úteis para as operações de pouso e decolagem de helicópteros onde não há espaço disponível para estas operações no solo.



Mas o que dizer a respeito de um helideck construído sobre uma superfície que está em constante movimentação, a exemplo do mar?


Conforme vimos no vídeo acima, a perícia do piloto é inquestionável e poucos dominam tamanha destreza, porém um pouso de tamanho risco só será exigido em algumas missões militares. Mas tratando-se das operações na aviação civil e quando as condições climáticas, no ambiente offshore, não propiciam uma operação segura geralmente elas são suspensas até que possam ser operadas de forma segura e assim, os riscos com acidentes possam ser reduzidos consideravelmente. E como tempo é sinônimo de dinheiro, em 2014, duas empresas holandesas usaram o evento OTC, em Houston, para desvendar uma solução que aumente as opções para pousos de helicópteros offshore em condições climáticas severas.

A Bayards Aluminium de Nieuw-Lekkerland fez uma parceria com a Barge Master da Capelle IJssel para projetar o primeiro Heliponto de alumínio Compensador de Movimento.

 

O novo Helideck Compensador de Movimento (MCH) é conduzido por três atuadores compensando duas versões (elevação e balanços) e uma rotação (rolagem), da embarcação em que esteja instalado.

Isso garante que a plataforma permaneça em uma posição estável e fixa, onde a influência do mar não induza nos movimentos da embarcação evitando assim que as oscilações sejam um fator limitante para as operações offshore.

O projeto deste helideck se adapta aos requisitos de um Agusta AW-101 com um peso máximo de decolagem de 14,6t e é mais do que o necessário para muitos clientes potenciais, segundo o gerente de marketing da Barge Master.


Existem outras soluções para Helidecks Offshore, conforme poderemos ver nos vídeos abaixo, mas o MCH, em minha opinião, se mostrou o mais versátil e inteligente.



E assim, nós pilotos podemos dedicar nosso profissionalismo, tendo como suporte a genialidade da engenharia moderna em solucionar problemas em nosso ambiente de trabalho.

Saudações aos nossos amigos e colegas engenheiros!

RMK: Este post foi produzido tendo como referência os sites: Marinelog e Offshorewind.

quinta-feira, 16 de julho de 2015

JSSI - Jet Support Services Inc.

Recentemente eu fui numa palestra elaborada pela JJSI e gostei muito de sua proposta para o mercado aeronáutico. Resumindo, a JSSI é uma empresa privada e pioneira no conceito de programas de custo de manutenção de motor por hora de operação. 

Particularmente eu achei muito interessante essa proposta, pois tanto o empresário como os pilotos agora podem focar melhor em seus trabalhos deixando a complexidade dessa operação sob a gerência de especialistas em aviação, cujo objetivo principal é manter o cliente voando o máximo possível, abreviando significativamente o retorno da aeronave para as suas operações e com a otimização dos custos de manutenção. 

Abaixo segue um folder explicando detalhadamente a respeito de sua atuação no mercado e sobre os seus programas (para melhor visualização, faça o download do Folder clicando aqui ou clique na imagem, "Salvar imagem como...", depois leia com zoom):





Aos interessados nos serviços prestados pela JSSI, segue o contato do Diretor de Desenvolvimento de Negócio no Brasil:


segunda-feira, 6 de julho de 2015

Álcool x Voo


Este breve tópico não foi elaborado e inspirado em um acidente midiático ou recente, sob influências dos efeitos do álcool, pois isso seria um ato oportunista da minha parte e, sinceramente, prefiro o ato preventivo! Afinal, sempre é mais eficiente prevenir que remediar. Então cá entre nós, comandar uma aeronave sob o efeito de álcool é seguro? A resposta é tão lógica, que até os infratores, no fundo de suas consciências, concordariam que não! Mas por que ainda existem pilotos (minoria) arriscando comandar uma aeronave sob o efeito de álcool?

Paul Craig, em seu livro “A Zona da Morte”, disse algo muito verdadeiro: “A interação de álcool e drogas com o voo é um terreno escorregadio. Se não estivessem sob a influência de álcool ou drogas, os pilotos pensariam com clareza e nunca considerariam voar com debilidades. Mas, depois de consumir álcool e/ou drogas, o pensamento normal e racional desaparece. Assim que perdem o bom senso, eles acreditam que podem lidar com os voos. Mas o próprio fato de que estejam considerando a ideia de voar é um sintoma de que já estão sob os efeitos de álcool e/ou drogas”.

Penso que o efeito do álcool já tenha prejudicado a tomada de decisão do futuro infrator, desde o seu primeiro voo, e os que sobrevivem ao ato ilícito e irresponsável, podem se acostumar com o “heroísmo” e com a impunidade das brechas de fiscalização, logo o erro se torna cada vez mais frequente até que o pior acontece! Isso, talvez, possa explicar o porquê da existência dessas infrações ainda ocorrerem neste imenso espaço aéreo brasileiro e por todo o mundo.

Infelizmente não possuo dados estatísticos para exemplificar os números das infrações flagradas antes ou pós-voo e nem do número de acidentes ocorridos devido a presença de álcool no sangue de tripulantes operando uma aeronave, mas todos nós sabemos, mesmo sem provas, que tais infrações ainda são praticadas.

Segundo a IAC 2225:

“1 – Nenhuma pessoa poderá atuar como membro de tripulação de aeronave civil brasileira:
a – dentro de 8 horas após ter ingerido qualquer bebida alcóolica;
b – enquanto estiver sob efeitos de bebida alcóolica, apesar de fora do prazo estabelecido na letra “a”, anterior”.

As leis e regras existem para nos proteger e para controlar/reprimir os comportamentos e ações nocivas de indivíduos que agem contrariamente ao bem comum. Logo é bom saber que existe uma regra a respeito do álcool na aviação, mas será que essas 8 horas de repouso são o suficiente? Isso é muito relativo, pois a eliminação do álcool pelo organismo de uma pessoa depende do peso dela; do teor alcoólico da bebida; da quantidade ingerida; da capacidade do corpo, de cada indivíduo, em metabolizar e excretar essa substância e etc. Então creio que tal regra tenha sido baseada numa média (que desconheço), mas segui-la pode não ser tão eficiente e seguro como o piloto saber usar o bom senso!

No meu post anterior, FAA – Álcool e Voo, consta a tradução de um folheto da FAA alertando sobre os efeitos do álcool no organismo do piloto, uma das informações que vale mencionar para confrontar as 8 horas da regra acima é a seguinte:

“Mesmo depois da eliminação completa de todo álcool do corpo, há indesejáveis efeitos restantes que podem durar de 48 a 72 horas seguintes da última bebida ... Um piloto, com sintomas de ressaca, certamente não estaria apto a operar uma aeronave com segurança. Além disso, um piloto nessas condições poderia facilmente aparentar estar sob influência de álcool”.

Eu também desconhecia tal efeito, ou melhor, sabia empiricamente, mas após a leitura do folheto, minha prevenção vai se estender além das 8 horas “de repouso” exigido pela regra. Afinal, não precisa ser um consumidor impulsivo de álcool para se prejudicar, mesmo bebendo socialmente, efeitos indesejáveis podem ocorrer e certamente seria melhor não levá-los consigo durante um voo!

Vamos tentar compreender o assunto, imaginando um piloto, pesando em média 80kg e frequentando um ambiente social, este resolve “pegar leve” e toma somente 1 (uma) lata de cerveja, só para molhar o bico ou não fazer feio com os amigos e colegas. Segundo a calculadora de teor alcóolico no sangue, este seria o resultado:




RMK: Quanto mais leve for a pessoa, maior será a concentração de gramas/álcool por litro no sangue e mais tempo esta precisará pra eliminar todo o álcool.

E as comandantes? As mulheres também são mais sensíveis, se formos comparar com base no exemplo acima, o resultado seria:


(Comandantes, não fiquem bravas comigo, os 80kg é só um exemplo!  rsrsrs)

Não precisamos ser catastróficos simulando os dados acima durante um voo, pois se estando 100% o voo já exige 100% de nós, imagina estarmos a 70%, 60%, 50%...? Mas lembrem-se, todo voo inicia-se no solo e deve terminar no solo! Então supondo que um piloto resolva conduzir um veículo, antes do período de eliminação do álcool em seu organismo e o mesmo, POR SORTE é flagrado, por um oficial de trânsito, conduzindo o veículo sob influência alcóolica. Hummmm ... é nessas horas que se aprende uma dura lição: o peixe morre pela boca!

E agora, como o piloto se deslocará até o trabalho, com agilidade, sendo que sua profissão exige prontidão ao cargo? Além de uma multa no valor de R$1.915,30 vai perder o direito de conduzir veículos por 1 ano, isso se não for preso! Mas seria uma boa alternativa contar com as caronas, táxis, ônibus, bicicletas ou caminhadas até o trabalho? Seria prudente arriscar a condução de um veículo, com a CNH retida, infringindo novamente a lei? É muita dor de cabeça por causa de uma mera lata de cerveja não é mesmo? Enfim, tomem cuidado com as clássicas “Happy Hours”, em especial no final de palestras com o intuito de confraternização e seus champanhes. Antes, pergunte-se se você terá tempo ou paciência pra esperar mais 2 horas, antes de reconduzir um veículo.

A porcentagem de álcool, em cada tipo de bebida, pode ser consultada na tabela abaixo:



Fonte: CISA – Centro de Informações sobre Saúde e Álcool


E pra finalizar, abaixo segue uma lista, do CAMI (Instituto Aeromédico Civil da FAA), referindo as consequências da concentração de álcool no sangue:


0,01 - 0,05%
A pessoa parece normal.
0,03 - 0,12%
Leve euforia, tagarelice, diminuição da inibição, diminuição da atenção, julgamento prejudicado, reações lentas.
0,09 - 0,25%
Instabilidade emocional, perda de senso crítico, comprometimento da memória e compreensão, diminuição da resposta sensorial, leve descoordenação muscular.

RMK: Concordando ou não, estudos comprovam e aqui entraria o exemplo de 1 lata de cerveja, conforme calculado anteriormente.
0,18 - 0,30%
Confusão, tontura, emoções exageradas (raiva, medo, tristeza), percepção visual prejudicada, diminuição da sensação de dor, equilíbrio comprometido, andar cambaleante, fala arrastada, descoordenação muscular moderada.
0,27 - 0,40%
Apatia, alterações da consciência, estupor, resposta significativamente reduzida à estimulação, descoordenação muscular grave, incapacidade de ficar de pé ou andar, vômitos.
0,35 - 0,50%
Falta de consciência, reflexos deprimidos ou abolidos, temperatura corporal anormal, coma, possível morte por paralisia respiratória.


Então vimos que os efeitos do álcool interferem nos princípios de um voo seguro, desde a coordenação motora necessária pra operar uma aeronave; a compreensão e a consciência situacional durante o voo; os sentidos da visão e audição; além do julgamento, que fica prejudicado nas rápidas tomadas de decisão. Se conduzir um veículo sob o efeito de álcool já é perigoso, conduzir uma aeronave sob o efeito do mesmo é um ato de insanidade! Além de criminoso, a probabilidade de ocorrer uma fatalidade aumenta drasticamente.

Reflita se vale o risco? Obviamente a legislação de trânsito deve ser respeitada, mas você já não é somente um motorista ou motociclista no trânsito, você é um(a) piloto, possui uma responsabilidade maior e deve respeitar, também, as regras da aviação! Você possui um cargo de confiança e um patrimônio caríssimo foi confiado e encontra-se ao seu comando; multas aeronáuticas são caríssimas e podem arruinar a sua vida financeira, desapontar o seu patrão e acabar com a sua carreira; ao seu comando vidas são transportadas; vidas trafegam embaixo, acima e aos lados; vidas interagem com você na fonia e dependem da sua boa comunicação para auxiliá-las; vidas são deixadas para trás sentindo uma terrível tristeza e saudade da sua presença, caso venha a falecer, num acidente, em consequência do álcool; e nada disso tudo será necessário exemplificar se, antes, você prezar por sua vida!


Saúde e bons voos,


Cmte.Resende